Arte: para que?
A Secretaria do Estado da Cultura anuncia uma inclusão através da arte. Uma série de ações culturais visando a inserção do sujeito excluido social. Não sei de vai funcionar e torço para que assim seja, amém. A pergunta que frequentemente me faço é para que a arte. Arte quando nomeada dentro de um projeto de governo é uma palvra nobre, cheia de significados enigmáticos e misteriosos. Está carregada de louvor e reverência. A arte, na prática , longe da boca de um político, é um conjunto de ações de cunho estéticos que não tem o menor sentido. Ainda mais se trabalharmos a idéia da exclusão e veremos que boa parte da classe média (ainda existe?) e classes dominante encontram-se excluidos de qualquer relação com o fruir estético. Então, projetos que visam incluir os reconhecidamente excluidos, já peca na base. Somos um país, do ponto de vista da arte, formado de excluidos. Não se pode confundir arte com educação, nem com segurança e nem mesmo com saúde, embora tenha relação íntima com todas elas. Arte é identidade. Não é apresentação de peças, não é troca de livros, não é renuncia fiscal, não é nada do que geralmente se diz que arte é. Assim eu penso: arte é o locus de pesquisa da indentidade de um povo. E indentidade é inclusão. Se não for assim, é perfumaria. Então, bastaria uma simples olhada no panorama cultural da cidade para se perguntar onde eu me insiro, estas obras estão falando comigo? Este sou eu? Afinal o que significa ser brasileiro e morar me Porto Alegre neste momento?
Não sei, e por isso, a minha insistente pergunta martelando em meu cérebro: para que a arte?
Comentários
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Obrigada!
Abs,
Mariana Cetra