BAILEI NA CURVA VOLTA A CARTAZ DEPOIS DE TUDO

 




    Desde o dia Primeiro de Outubro de 1983, quando estreia Bailei na Curva no Teatro do IPE, desde aquela noite mágica, que não sabíamos quais botões da imaginação estávamos acionando, desde então, nunca ficamos tanto tempo sem entrar em cena. Tivemos ao longo destes 39 anos em cartaz períodos em que não fizemos apresentações, sim tivemos, mas nunca tanto tempo sem entrar em cena. Desde aquele amanhecer que anunciava um novo país nunca Bailei ficou tanto tempo sem nos lembrar quem éramos.      
    Foram quase três anos sem pisar no palco, sem contar a história destas sete crianças que assistiram, através de seus pais e do mundo social, os efeitos do golpe de 64 e cresceram sob os anos de chumbo da ditadura. Estes personagens, Ana, Pedro, Gabriela, Paulo, Caco, Ruth, Lulu inventaram modos de viver em condições adversas, num mundo impossível e, mesmo assim, inventaram modos de sobreviver. Poderiam ser outros, outros nomes, mas seriam sempre nós, a nossa esperança. 
    Foi mais ou menos o que tivemos que fazer durante estes tempo de pandemia, quando mortes bateram em nossas porta, na minha e na de todos nós, estes anos de descalabros, onde tivemos que nos re-inventar enquanto sensibilidade buscando a essência da nossa humanidade. 
    Mas sobrevivemos para contar nossas histórias. 
    Estamos voltando ao palco. Bailei na Curva está de volta.
    Por isso, é profundamente comovido que convido a todos para este momento, dias 22, 23, 24 e 25 de setembro, agora, na semana que entra, partilhar mais esta vitória da vida no Teatro da AMRIGS, Bailei na Curva voltando aos palcos. Este lugar mágico, espaço da esperança de nos tornamos melhores, mais humanos e mais solidários. Teatro como o espaço de celebração e comunhão. Bailei na Curva para que não nos esqueçamos quem somos e que país queremos ter. 
   
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