OSCAR PARA FILME ARGENTINO
Mais uma vez o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro vai para a Argentina. Eu fiquei particularmente feliz. Anos atrás tive a honra de trabalhar com o cameramen da História Oficial. Era um filme dirigido pela Mariangela Grando e na volta da serra dei carona para ele onde convesarmos sobre cinema e sobre a vida. Depois em Jacobina trabalhei com o diretor de fotogrtafia Felix Monti que é o mesmo do Segredo dos Seus Olhos. É legal isso, a arte une as pessoas de uma forma inusitada e contundente. Fiquei muito feliz com o Oscar para os hermanos. Mas tem uma coisa que eu me sinto compelido a dividir aqui neste blog. O melhor filme (dos que vi) não foi o diretor Campanella. Foi Mother de Bong Joo-ho. Imagino que ele não ganhou porque a língua soa estranho e levamos uns vinte minutos para compreender o que é dito e refazer a nossa capacidade de absorção uma vez que o som e a ação parecem, mas somente parecem, disconectados das emoções. Depois deste primeiro estranhamento estamos frente a um filme sensacional. Chato comparar, mas melhor do que o argentino e muitas vezes superior ao favorito Fita Branca. Mother é um retrato sagaz do universo mãe e filho sendo o que filho tem uma dificiencia de memória o que torna a narrativa estremamente interessante e misteriosa. Não é um filme comum e talvez não tenha ganho porque obriga o espectador a absorver uma lógica diversa daquela que está habituado. O roteiro é inteligante e pega a gente de forma inapelável. Além do mais raramente vemos uma interpretação tão despojada e impositava como a de Kim Hye-ja. Nem me importo se outro filme ganhou, e até vibro com os argentinos porque minha alma é um tanto castelhana, mas fico feliz de ter saborado um filme tão lindo e genial quanto Mother.
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