SOBRE NEYMAR




Pois resolvi colocar minha colher torta neste tema que está saturando a mídia esportiva. O caso Neymar. Em vários programas esportivos se falou sobre a atitude do craque do Santos, que derrubou o técnico Dorival e depois foi punido pelo técnico da seleção Mano Menezes.


Ora, ora, meus amigos, é fácil jogar pedra no Neymar.


Tem que ter coragem para falar que o verdadeiro monstro do futebol brasileiro é a estrutura que mima atleta do futebol.


No melhor time do Inter de todos os tempos tinha pelo menos dois jogadores que passam a noite em tragos e jogativa e tiveram suas ações acobertadas pela direção do clube. Romário cansou de aprontar e nem por isso foi crucificado. O próprio Renato do Grêmio brigou com o técnico Espinoza quando o jogador queria a bola só para ele. A própria vida de Pelé foi um festival de fugas da concentração, sempre encobertas, para no dia seguinte ele acabar com o jogo. E o que dizer de Garrincha que além mudar o mundo com seu futebol na Copa de 58 deixou também um filho e muitas viúvas.


Então, para concluir, toda esta polêmica com o atleta Neymar se deve mais a uma estrutura do futebol que mima os jogadores, que cria a soberba, que inventa o super dotado e ao mesmo tempo, encobre suas trangressões e perversão em nome do resultado do futebol em campo, tanto no ambito nacional, mas também serve para temperar com pimenta o narcisismo da pequenas diferenças que permeia a rivalidade futebolistica de todos os países. O surpreendente é que agora o Dr. Frankestein se assusta com a criatura que nada mais é do o resultado de sua criação. A busca desenfreada do sucesso faz com que nos surprendamos com o monstro que nós mesmo criamos.


Só esquecemos que o monstro está dentro da estutura do futebol brasileiro.

Comentários

Clenio disse…
Julio

O que eu acho é o seguinte: deixa o guri jogar bola e pronto. Ele fez, se arrependeu e é isso. Bola pra frente - literalmente. O Dunga queria uma seleção exemplar fora do campo e deu no que deu.
Talento muitas vezes está intimamente ligado a um temperamento que foge do "água e sal"... Se o cara joga bem é isso que importa. Quem tem que educar é pai e mãe!!

Abraços
Clênio
www.lennysmind.blogspot.com
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