Papo cabeça Teatro Hoje na ESPM

Roger Lerina, Adriane Mottolla e eu debatemos entre nós e com os alunos da ESPM sobre a situação do teatro hoje. Vou resumir o que aconteceu mesmo sabendo que não foi bem assim.

Defendi que a cidade carece de uma dramaturgia específicae engajada na contemporaneidade.

Lerina revelando duas peças que marcaram sua vida: Bailei na Curva e Decameron. Elas despertaram o prazer de ir ao teatro. E questionou a afirmação de que o teatro está sempre morrendo.

Eu assinalei que proporcionalmente temos mais clássicos do que São Paulo que num universo de 120 peças em cartaz tem dois Shakespeare enquanto que Porto Alegre, com vinte peças em cartaz tem quatro.

Adriane sustentou a importância do espaço cênico para cada grupo desenvolver o seu trabalho.

Minha máxima: monte autor vivo, assim você mata o dramaturgo apenas uma vez.

E assim passamos a tarde.

Perguntado pelo Professor Henriques sobre o Porto Alegre em Cena os três foram unânimes na importância, mas eu destaquei que uma parte dos investimentos sobre o Festival teriam que reverter para os equipamentos públicos, mesas de luz e som, refletores, e toda a infra-estrutura, pois ao fim e ao cabo que fatura são as industrias de aluguél de equipamento.

Enfim, falar sobre teatro para uma turma da sofisticada ESPM é um compromisso que partilhei com que esteve lá, estabelecendo a cumplicidade que a verdade compartida provoca.