BALANÇO 2


Pois dias atrás postei um balanço do ano teatral. O ano vai terminando, como soe acontecer em todos os dezembros, aqueles climas nostálgicos nos assaltam, rememorações brincam com nossos pensamentos. Coisas que fizemos, deixamos de fazer, desejaríamos fazer, todas elas vem a baila e não estão nem ai se fazem sofrer ou dão alegrias. Pensamentos são unidades de vida que nos mantém em estados emocionais diversos. Só depois de postar, me dei conta que não fiz o balanço do ano psicanalítico. O que posso dizer é que foi um ano bom. Dei seminários em duas instituições, Instituto Contemporâneo e Centro de Estudos Psicanalíticos de Porto Alegre. Apresentei trabalhos psicanalíticos na Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre e no CEP e fui entrevistado pelo Ruy Carlos Ostermann no Encontros com o Professor. Segui mais um ano de estudos com o Arnaldo Chuster no Instituto Bion. E a clínica no consultório que constantemente renova o pensar sobre a vida. Para além disso, fiz dois trabalhos que me agradaram sobremaneira. Um com o Instituto Sucessor no qual criei uma vivência baseado na idéia do ESPELHO E SUAS IMAGENS. Para um público alvo específico, passei por Édipo, Alice, Narciso e suas derivações na psicanálise e na vida profissional. E junto com Abrão Slavutzky e Edson Souza apresentamos as CINCO PROPOSTAS PARA NÃO SE ADEQUAR A VIDA COMO ELA É, no festival de Inverno da Prefeitura Municipal. Foram dois eventos nos quais os pensamentos psicanalíticos encontraram o viés social e produziram grandes sentimentos e belas idéias. E essa é a função psicanalítica da personalidade que o sujeito deve por em ação e deve dar conta dos fatos da vida. Trata-se de uma poesis com a qual lemos o viver com a lente do desejo e da criatividade. Por este viés, aquilo que se conhece como inconsciente seria uma espécie de função poética da personalidade, um filtro com o qual o mundo ganha o seu sentido através do pensar.

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