CINCO PROPOSTAS AINDA REPERCUTEM
Em postagens anteriores falei do ciclo de palestras ofertadas pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre.As CINCO PROPOSTAS PARA NÃO SE ADEQUAR A VIDA COMO ELA É, foi ministrado por Abrão Slavutzky, Edson Souza e por mim segue repercutindo na alma das pessoas. Recebemos o texto da psicanlista Rejane Tellini que reproduzo abaixo e pode dar um pouco da idéia do que foi a semana.
Texto de conclusão do curso Cinco proposta para não se adequar à vida como ela é:
“IN PRINCIPIO ERAT VERBUM”
Venho buscando, sob a luz das idéias, caminhos sobre o quais possa seguir. Afastando-me do que conheço, mesmo que por momentos, desvio desta vida desvairada a nos atingir e cobrar de cima, pelas mortalhas que vende através das imagens da desolação.
A vida como ela “está” não “É”. E sim calamidade exposta, produto e produtora da indiferença ao humano. Mas, o quê aterroriza mais, nesta realidade desertora, vem como ameaça de extermínio à condição humana, com a promoção, atomicamente bombástica, da substituição dos sonhos, este tônico da vida, pela adicção de objetos que nos proporcionem sensações plenas, que talvez nem os próprios sonhos sonhem sonhar.
Aqui e agora, podendo escutar, refletir, falar, elaborar, sobre isso, encontro-me bem e apaixonadamente tocada por este momento de agito, amorosamente amoral. E, assim, profundamente mexida, agradeço, a Abraão, Julio e Edson, por estas cinco noites iluminadas, por tudo e por tanto que fazem vibrar pra mim e pra todo mundo que está aí “para- isso”.
Freud, enigmático ao introduzir a Interpretação dos Sonhos traz a seguinte expressão: “Acheronta Movebo”. Associo a essa, a expressão proposital deste curso, ou seja,“agitar o submundo”. Isso diz muito e mais e mais e sempre antes que eu venha a sofrer de certezas. E vou e venho, compreendendo que submundo pode ir mais além do degrau debaixo, na extensão de tudo que não se pode ver, nomear, enumerar, que subverte a ordem dos sentidos em regra normais e normativos assim como, os sertões do mundo, sonhos, fantasias, amor, poesia, arte, criação, utopias.
É preciso seguir adiante. E, pela força do meu desejo deste instante prorrogar, quando apagarem as luzes desta sala, a levarei comigo; assim, toda, com todos, sem pedir licença, até o último rastro do sol que aqui se fez verbo, neste atritar de uni-versos a sustentar esta abertura brilhante, que pisca, mas não se encerra, que vem a ser o propriamente dito Espírito Humano.
Rejane Tellini
Texto de conclusão do curso Cinco proposta para não se adequar à vida como ela é:
“IN PRINCIPIO ERAT VERBUM”
Venho buscando, sob a luz das idéias, caminhos sobre o quais possa seguir. Afastando-me do que conheço, mesmo que por momentos, desvio desta vida desvairada a nos atingir e cobrar de cima, pelas mortalhas que vende através das imagens da desolação.
A vida como ela “está” não “É”. E sim calamidade exposta, produto e produtora da indiferença ao humano. Mas, o quê aterroriza mais, nesta realidade desertora, vem como ameaça de extermínio à condição humana, com a promoção, atomicamente bombástica, da substituição dos sonhos, este tônico da vida, pela adicção de objetos que nos proporcionem sensações plenas, que talvez nem os próprios sonhos sonhem sonhar.
Aqui e agora, podendo escutar, refletir, falar, elaborar, sobre isso, encontro-me bem e apaixonadamente tocada por este momento de agito, amorosamente amoral. E, assim, profundamente mexida, agradeço, a Abraão, Julio e Edson, por estas cinco noites iluminadas, por tudo e por tanto que fazem vibrar pra mim e pra todo mundo que está aí “para- isso”.
Freud, enigmático ao introduzir a Interpretação dos Sonhos traz a seguinte expressão: “Acheronta Movebo”. Associo a essa, a expressão proposital deste curso, ou seja,“agitar o submundo”. Isso diz muito e mais e mais e sempre antes que eu venha a sofrer de certezas. E vou e venho, compreendendo que submundo pode ir mais além do degrau debaixo, na extensão de tudo que não se pode ver, nomear, enumerar, que subverte a ordem dos sentidos em regra normais e normativos assim como, os sertões do mundo, sonhos, fantasias, amor, poesia, arte, criação, utopias.
É preciso seguir adiante. E, pela força do meu desejo deste instante prorrogar, quando apagarem as luzes desta sala, a levarei comigo; assim, toda, com todos, sem pedir licença, até o último rastro do sol que aqui se fez verbo, neste atritar de uni-versos a sustentar esta abertura brilhante, que pisca, mas não se encerra, que vem a ser o propriamente dito Espírito Humano.
Rejane Tellini
Comentários
Abraço.
Leandro Vaz