DIRETO DO TEATRO

Estou aqui, no teatro. Daqui a pouco termina a montagem. A luz ficou ótima. O aproveitamento do espaço cênico do Teatro Bruno Kiefer promete novidades. A moldura das janelas compõe o ambiente da Soinede conferindo o caráter onirico necessário. Os atores chegando, se organizando no espaço, buscando seus lugares no camarim. O Zé, velho guerreiro, é a equipe técnica do teatro. Ele sozinho é um time inteiro. São anos de bastidores. Aliás, era sobre isso que eu ia escrever. O momento do bastidor, ao final da montagem, é uma hora do anjo. Asas insondáveis abanam sobre nossas cabeças. É a hora mágica, dos fantasmas do teatro. O eterno espírito humano que é evocado a cada apresentação. E agora, horas antes, se manifesta numa paz introspectiva, num comunhão consigo mesmo. Acho que é isto que estou sentido. Não creio em fantasmas nem em anjos. Acredito na infinita capacidade humana de se reiventar a cada dia, a cada hora, a cada noite, a cada apresentação. A matéria do teatro. Daqui a pouco, A MILÍMETROS DE MERCÚRIO no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mario Quintana. Ainda dá tempo de ver os fantasmas reviverem por algumas horas.

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