O BEM MAIOR DE TODO ARTISTA
Muitas vezes me pergunto o porquê de se expor no palco, contar histórias de si ou dos seus, de virar noite ensaiando, mergulhar num universo de ansiedade para escrever uma peça. Por que não ficar no consultório e encerrar o expediente depois do ultimo paciente. E por aí vai. Algumas vezes pensei que o motor seria a vaidade ou uma necessidade de se colocar no centro das atenções ou, ainda, o imperativo de encontrar um meio de expressão que marque a subjetividade. Algo que tenha a ver com validação de uma existência, a obra como extensão do ser, ou, numa perspectiva mais intimista, o preenchimento de um vazio sem nome desde o qual a sublimação pudesse dar voz e vez ao silenciado. Sei lá, muitas hipóteses. Em comum e a questão do reconhecimento. Por exemplo. Vários artistas começaram no teatro por causa da peça Bailei Na Curva. Algumas me falaram, outras eu ouvi dizer. A atriz Suzana Pires comentou isso com o Jô. Achei legal, porque o reconhecimento é o bem maior de todo artista.
http://programadojo.globo.com/platb/programa/2011/05/24/suzana-pires-fala-sobre-a-peca-de-perto-ela-nao-e-normal
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