SOPRO DE OUTONO


Na rua cada passo me denuncia em falta
Trôpego em pensamentos
Rebuliço interno, divergência terrível

Um amigo me acena, outra grita o meu nome
Um afago e um ombro
Uma palavra soprada no outono

A minha dor vasa
Na solidariedade alheia

Para Jorge Castro e Roberto Fracasso

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