SOBRE UM COLEGA DA FACULDADE DE MEDICINA


Eu tinha um colega na faculdade de medicina que obviamente era limitado. Não que isso fosse privilégio dele ou que medicina não tivesse outros, o fato era que este colega era pouco criativo, metódico, rigoroso um tanto obsessivo e limitado. Se fizesse uma aposta no primeiro ano da faculdade nos alunos que não terminariam o curso, ele seria ficha um. Passou raspando as disciplinas básicas, fez água no segundo ano, quase parou no terceiro e dai em diante viveu um inferno no contato com paciente. Sua personalidade arredia e esquizóide impedia maiores contatos humanos. E assim foi. Até o último ano. Aí um professor resolveu assumir aquilo que era óbvio deste o primeiro dia de aula: "Esse aluno não tem condições de ser um médico". Resultado: rodou o colega no último estágio da faculdade e deste modo faria justiça impedido-o de se formar. Como o colega era um obstinado, buscou seus direitos e formou-se as custas de um mandato de segurança. O juiz foi categórico:
- Se permitiram que ele chegasse até aqui, ao fim do curso, então agora sejamos coerente e vamos até fim. Seja for for o que o destino nos reserve.
É isso que eu penso do Dunga.

Comentários

Nei Duclós disse…
Esse é o perfil do nosso Capitão da seleção. Determinado, sério, objetivo. Vamos ao Hexa!

Uma hora apareço sim, porque por aqui as saudades são muitas. Grande abraço.
Anônimo disse…
dunga se encaixa em "ezquizóide' ou o time se encaixa no "que latá, que lateje" ?

abç julio
Helena Mello disse…
Estou contando com esta linha de raciocínio da minha banca. Afinal, a esquizóide aqui quer ser mestre de teatro. Quanto ao Dunga, fecho contigo e não abro! Ah, nada como discutir e ver um futebolzinho na tão esperada folga que virá depois da minha defesa no final de maio.
JULIO CONTE disse…
Helena, para se alcançar alguma objetivo tem que abrir mão de outros. É um paradoxo dilético muito mais do que um processo esquizóide, embora tenha um parentesco distante.

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