PORTO ALEGRE EM CENA 2011 FINAL
ESTE Porto Alegre Em Cena foi um dos melhores dos últimos anos. Nem tanto pelas atrações que foram ótimas e tiveram coisas inéditas e inusitadas, mas pelo clima emocional da Classe Artística. O envolvimento, engajamento, paixão. E não me refiro a aquele segmento adesista que segue o poder como um cão de rua, mas a grande massa de importantes e tradicionais criadores que tiveram de uma forma ou outra reverenciados. Reverenciar á tornar alguém importante. É não se seduzir pelas hordas bárbaras de elogios, mas sim permear o incerto mundo do reconhecimento, que como todo artista sabe, é volátil. O sucesso é uma mulher infiel. Apooveite-se então. Penso neste Festival, ou em qualquer outro, como obra aberta e coletiva. Como uma peça, todas as peças minhas que obtiveram um além, todas que transcenderam, eram obras que se podia ver o grupo, a mente coletiva. Nunca termina e nunca chega em sua forma final. Instável. A mente coletiva, quando se equilibra e dribla o narcisismo é a forma mais potente e transformadora de realização. E os percalços estão a lembrar que sozinho ninguém faz nada. Que arte é essencialmente o encontro das mentes. Por isso, nada muito prático ou pontual, me deu a doce sensação que beleza, do melhor Porto Alegre Em Cena dos últimos anos.
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